A Prefeitura de Marília (SP) anunciou a abertura de uma sindicância para investigar a concessão dos serviços de água e esgoto da cidade. Segundo o comunicado oficial, a medida visa avaliar os termos do contrato firmado com a empresa responsável, que assumiu a operação em setembro de 2024, após um processo licitatório cercado por disputas judiciais. A investigação será conduzida pela Corregedoria Municipal e analisará possíveis irregularidades e impactos financeiros da concessão.
O prefeito apontou que o modelo atual da concessão, com prazo de 35 anos, gera um déficit mensal de R$ 5 milhões aos cofres públicos. A administração municipal destacou que o parcelamento dos valores a serem pagos ao município pode não ser sustentável a longo prazo, comprometendo as finanças locais. Caso sejam identificados problemas significativos, o contrato poderá ser revisado para melhor atender às demandas da cidade.
Antes da concessão, o Departamento de Água e Esgoto de Marília (DAEM) foi transformado em agência reguladora, responsável por fiscalizar o contrato. A sindicância investigará não apenas os aspectos financeiros, mas também as condições operacionais e os possíveis efeitos para os moradores. A administração municipal reforçou a necessidade de transparência e rigor na gestão de serviços essenciais.