A investigação sobre o presidente da Coreia do Sul, atualmente afastado de suas funções, enfrentou um prazo crítico nesta segunda-feira (6), com a expiração do mandato de prisão expedido contra ele. A prisão estava relacionada a uma investigação por insurreição, após a declaração de um decreto de lei marcial em dezembro, que foi rapidamente rejeitado pelo Parlamento. O escritório de investigação responsável solicitou uma extensão do prazo à Justiça, mas ainda aguarda uma resposta. Enquanto isso, o presidente continua confinado na residência oficial, protegido por um forte esquema de segurança, o que tem dificultado o cumprimento do mandado de prisão.
A situação gerou tensões intensas, com confrontos entre investigadores e agentes de segurança presidencial na última semana, resultando na suspensão temporária das tentativas de captura. Além disso, manifestações de apoio e oposição ao presidente afastado têm ocorrido em grande escala nas ruas de Seul, refletindo a polarização política que se instaurou no país. A pressão sobre as autoridades aumentou após a tentativa frustrada de prender o presidente, que é investigado por insurreição, um crime punível com penas severas.
O Tribunal Constitucional da Coreia do Sul agendou para 14 de janeiro o início do julgamento do processo de destituição, que prosseguirá mesmo sem a presença do presidente, caso ele não compareça. Diante do cenário de incerteza, os Estados Unidos, principal aliado de segurança da Coreia do Sul, pediram um esforço para restaurar a estabilidade política no país. O Secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, também deve discutir com as autoridades sul-coreanas questões relacionadas à segurança e à política externa, incluindo as relações com a Coreia do Norte.