A Justiça da Coreia do Sul emitiu um novo mandado de prisão contra o presidente afastado, Yoon Suk Yeol, nesta terça-feira (7), após uma tentativa de prisão frustrada na semana passada. A renovação do mandado foi confirmada pelo Escritório de Investigação de Corrupção de Altos Funcionários, que está conduzindo as investigações sobre Yoon. A primeira tentativa de prisão, ocorrida na sexta-feira (3), foi marcada por um confronto entre os investigadores e os seguranças do presidente afastado, que impediram a ação policial. O impasse durou mais de cinco horas e resultou na retirada dos investigadores.
O novo mandado de prisão surge em um contexto de crise política, após Yoon ter decretado uma lei marcial em dezembro, que foi rapidamente barrada pelo Parlamento. Desde então, o ex-presidente é investigado por insurreição, um crime grave que pode levar a uma pena de prisão perpétua ou até à pena de morte. A defesa de Yoon argumentou que a primeira tentativa de prisão foi ilegal, mas o pedido de anulação foi rejeitado pela Justiça. Protestos em apoio e contra o presidente afastado têm ocorrido nas proximidades da residência presidencial, refletindo a polarização da sociedade sul-coreana.
O Escritório de Investigação de Corrupção de Altos Funcionários agora prepara uma nova tentativa de prisão, considerada a última chance de detê-lo. A polícia sul-coreana e o CIO discutem estratégias para garantir o cumprimento da ordem judicial, incluindo a possibilidade de prender os chefes da segurança presidencial. O Tribunal Constitucional deve iniciar o julgamento de destituição de Yoon em 14 de janeiro, que ocorrerá mesmo se ele não comparecer. A crise política gerou incertezas e tem sido acompanhada com atenção pela comunidade internacional, especialmente pelos Estados Unidos, que pediram uma solução estável para a situação.