Mais da metade dos prefeitos e vice-prefeitos que assumem seus mandatos em 2025 pertencem a quatro partidos principais: PL, PSD, MDB e União Brasil. Esses partidos lideram em número de eleitos em municípios com mais de 200 mil eleitores, de acordo com levantamento baseado nos resultados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O PL se destaca com 31 eleitos, sendo 16 prefeitos e 15 vices, enquanto o PSD segue com 29, divididos entre 15 prefeitos e 14 vices. O MDB e o União Brasil completam o quadro de maior representatividade, com 25 e 23 eleitos, respectivamente.
O levantamento revela uma concentração do poder nas mãos de partidos do chamado “Centrão”, que dominam a política municipal em diversas grandes cidades. O PL, por exemplo, controla metrópoles como Guarulhos e Maceió, além de garantir a vice-prefeitura em São Paulo e Curitiba. Já o PSD mantém a liderança em cidades como Rio de Janeiro e Belo Horizonte. Além disso, o estudo revela uma diferença nas estratégias eleitorais, com o partido do prefeito frequentemente dominando a composição do governo municipal, enquanto o partido do vice também ganha destaque, especialmente com a ascensão de alguns vices a prefeitos em casos anteriores.
A análise aponta que partidos que possuem uma maior estrutura nacional, como o PL e o PSD, têm um papel crucial nas coligações e estratégias eleitorais em cidades grandes. Esses partidos não só garantem as prefeituras, mas também asseguram uma forte presença política por meio de seus vices, que muitas vezes se tornam candidatos ao cargo de prefeito nas eleições subsequentes. O estudo reflete a importância de tais coligações e alianças, especialmente em grandes municípios, que são vitais para o controle político e estratégico nas eleições estaduais e federais.