Em 2024, alguns lançamentos cinematográficos enfrentaram grandes dificuldades nas bilheteiras, apesar de orçamentos elevados e expectativas de sucesso. O filme “Argylle: O Superespião”, com um elenco de peso, arrecadou menos da metade do seu orçamento de US$ 200 milhões, ficando com US$ 96,2 milhões em bilheteiras. Já “Madame Teia”, produção da Sony Pictures com custo estimado entre US$ 80 e 100 milhões, mal cobriu seus custos ao gerar apenas US$ 100 milhões mundialmente. Esses fracassos destacam o desafio de filmes de alto investimento, mesmo em gêneros populares como ação e super-heróis.
Outros longas, como “O Corvo” e “Borderlands”, também enfrentaram dificuldades, com bilheteiras bem abaixo das expectativas. “O Corvo”, remake de um clássico de 1994, arrecadou apenas US$ 24 milhões contra um orçamento de US$ 50 milhões, enquanto “Borderlands”, estrelado por grandes nomes como Cate Blanchett e Kevin Hart, arrecadou US$ 32,9 milhões, muito aquém do custo de produção de cerca de US$ 120 milhões. Esses filmes reforçam a instabilidade do mercado, onde o sucesso não é garantido, mesmo com grandes investimentos e nomes reconhecidos.
Por fim, “Megalópolis”, o projeto autofinanciado de Francis Ford Coppola, foi um dos maiores fracassos de 2024, arrecadando apenas R$ 13,8 milhões. A produção, que levou quatro décadas para ser realizada, teve um custo de mais de US$ 120 milhões do próprio bolso do diretor. Apesar das grandes expectativas para o projeto, os resultados nas bilheteiras mostraram a dificuldade de agradar ao público com filmes de grande escala e temáticas ambiciosas, especialmente quando a divulgação e o apelo não atingem o público-alvo.