Nicolás Maduro assumiu oficialmente seu terceiro mandato presidencial na Venezuela nesta sexta-feira (10), após um processo eleitoral marcado por controvérsias. As eleições de julho de 2024 foram amplamente questionadas pela oposição e pela comunidade internacional devido à falta de transparência, a restrição de participação dos opositores e a alegação de fraude. Maduro não apresentou provas claras de sua vitória, enquanto a oposição, que contestou o resultado, apontou o candidato Edmundo González como o vencedor, baseando-se em atas eleitorais não divulgadas oficialmente.
A posse foi recebida com reações de reprovação global, incluindo o aumento da recompensa pela captura de Maduro, que passou para 25 milhões de dólares, e a ampliação de sanções econômicas pela União Europeia e pelos Estados Unidos. Diversos países criticaram a cerimônia como ilegítima e ressaltaram a repressão e violência contra opositores durante e após o processo eleitoral. Mesmo aliados de Maduro, como Cuba e Nicarágua, enviaram representantes, enquanto países como Argentina, Chile e Peru optaram por não enviar delegações, demonstrando o isolamento crescente do governo venezuelano.
A comunidade internacional continua a pressionar pelo acesso às atas eleitorais que, segundo a oposição, comprovam a vitória de González. Enquanto isso, protestos violentos marcaram o período pós-eleitoral, resultando em mortes e prisões. A Venezuela permanece em um cenário de grave polarização política, com a população e as organizações internacionais buscando uma solução para a crise política e humanitária que atinge o país.