O regime de Nicolás Maduro fechou a fronteira entre a Venezuela e o Brasil nesta sexta-feira, 10, enquanto o presidente tomava posse em Caracas para seu terceiro mandato. O bloqueio foi realizado por forças militares venezuelanas na passagem rodoviária entre Santa Elena do Uairén, na Venezuela, e Pacaraima, no estado de Roraima, Brasil, o principal ponto de trânsito de mercadorias e pessoas, incluindo refugiados. A medida ocorre em meio a acusações do governo de uma conspiração internacional para desestabilizar o país.
Além do fechamento com o Brasil, a Venezuela também interrompeu o tráfego na fronteira com a Colômbia, especificamente no estado de Táchira, após a oposição intensificar a pressão política, especialmente com o retorno de um candidato presidencial ao país. O fechamento foi justificado pelo governo venezuelano como uma resposta a uma suposta ameaça de desestabilização internacional. Em ambos os casos, o bloqueio impediu o trânsito de veículos e gerou redução no fluxo migratório, embora sem grandes alterações significativas, conforme informações da Polícia Federal.
A decisão de fechar as fronteiras foi atribuída por autoridades venezuelanas a uma tentativa de impedir ações oposicionistas e garantir a “paz” no país, especialmente em um momento político delicado. A medida foi criticada por representantes brasileiros, como o senador Hiran Gonçalves, que solicitou a reabertura urgente das fronteiras por meio de uma ação formal ao Ministério das Relações Exteriores.