O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, tomará posse para seu terceiro mandato nesta sexta-feira, 10 de janeiro, em um contexto de forte oposição interna e externa. A cerimônia ocorrerá no Palácio de Miraflores, em Caracas, com cerca de 2 mil convidados internacionais, incluindo representantes de governos e movimentos sociais. A posse de Maduro é marcada por críticas internacionais, principalmente de países ocidentais e de vizinhos regionais, que acusam o governo de fraude nas eleições presidenciais de 2024.
A oposição venezuelana, liderada por figuras como Maria Corina Machado e Edmundo González, tem se mobilizado em várias cidades do país, com protestos contra a reeleição de Maduro. Na véspera da posse, manifestantes pediram mudanças no governo, com alguns, como González, clamando por respeito aos resultados eleitorais. A tensão política também foi aumentada por rumores e notícias desencontradas, como a suposta prisão de Machado, o que intensificou ainda mais o clima de polarização.
Em seu novo mandato, Maduro planeja iniciar uma reforma constitucional que visa consolidar um modelo de Estado comunal, conforme o projeto iniciado por Hugo Chávez. A reforma será discutida pela Assembleia Nacional, com um referendo popular previsto para confirmar as mudanças até o final do ano. O cenário também inclui eleições regionais e para a Assembleia Nacional em 2025, enquanto a oposição continua buscando apoio internacional, com alguns de seus líderes exilados ou enfrentando acusações de golpe de Estado.