O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, tomará posse nesta sexta-feira (10) para seu terceiro mandato, que deverá se estender até 2031. Sua reeleição foi amplamente criticada por potências ocidentais e governos regionais, acusando fraude nas eleições de 2024. Apesar disso, diversos países, incluindo México e Brasil, enviarão representantes diplomáticos à cerimônia de posse, enquanto a oposição intensifica as manifestações em várias cidades, com pedidos por mudanças no comando do país.
A posse de Maduro ocorre em um contexto de crescente tensão política. Protestos organizados por líderes opositores, como Maria Corina Machado e Edmundo González, têm ganhado força, com apelos pela transparência nas eleições e pela defesa de uma Venezuela livre. Em resposta, o governo venezuelano tem reafirmado seu compromisso com a Revolução Bolivariana, movimento iniciado por Hugo Chávez, e promete reforçar o apoio popular ao regime, principalmente por meio de manifestações pró-governo em Caracas e outras regiões.
No início de seu novo mandato, Maduro anunciou a criação de uma comissão para elaborar uma reforma constitucional, com o objetivo de transformar o modelo de Estado da Venezuela. A proposta visa consolidar a soberania popular e criar um modelo comunal de desenvolvimento, com a participação ativa da Assembleia Nacional e a realização de um referendo popular até o final do ano. Enquanto isso, a oposição segue sua mobilização internacional, buscando apoio contra a continuidade do governo de Maduro, que enfrenta acusações de repressão e violações dos direitos políticos no país.