Nicolás Maduro assumiu nesta sexta-feira (10) o terceiro mandato como presidente da Venezuela, em uma cerimônia realizada na Assembleia Nacional em Caracas. O evento ocorreu após as eleições de julho de 2024, nas quais Maduro se declarou vencedor, apesar das controvérsias sobre a transparência e legitimidade do pleito. Durante seu discurso de posse, ele fez críticas à oposição e a lideranças internacionais, incluindo o presidente argentino, qualificando-o como “sádico social”. Também comentou sobre a Venezuela ser parte do Brics, fazendo uma analogia com a história da independência latino-americana.
A posse foi marcada pela ausência de representantes de grandes democracias internacionais, o que reflete o isolamento político do governo venezuelano. Em contraste, a cerimônia contou com a presença de aliados como o presidente da Nicarágua, enquanto o Brasil enviou a embaixadora para representar o país. A França e o Brasil, no entanto, se manifestaram favoráveis à retomada do diálogo com a oposição, visando restaurar a democracia e a estabilidade no país, e pediram pela liberação de todos os detidos por motivos políticos.
Por outro lado, a líder oposicionista María Corina Machado denunciou a posse como um golpe de Estado e acusou Maduro de violar a Constituição venezuelana. A oposição, representada por Edmundo González, afirmou que continuará com a luta pelo poder e pediu apoio das Forças Armadas para uma transição política pacífica. O contexto atual reflete uma forte polarização e incerteza sobre o futuro político da Venezuela.