O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, toma posse nesta sexta-feira (10) para o seu terceiro mandato, marcado por intensas pressões internas e externas. Países como Estados Unidos, União Europeia e Canadá, além de governos da América Latina, como Argentina e Chile, condenam o processo eleitoral de 2024, acusando fraudes. Apesar das críticas, governos da Colômbia, Brasil e México devem enviar representantes diplomáticos à cerimônia. A posse, que ocorrerá às 13h, no horário de Brasília, será acompanhada por manifestantes opositores, que denunciam a falta de transparência nas eleições.
O novo mandato de Maduro inclui planos de reforma constitucional, com a criação de uma comissão para desenvolver um novo modelo de Estado, denominado “Estado comunal”, inspirado por Hugo Chávez. A reforma visa definir o modelo de desenvolvimento da Venezuela para os próximos 30 anos e promover uma maior democracia no país. O processo passará pela Assembleia Nacional, de maioria chavista, e um referendo popular será convocado até o final do ano para ratificar as mudanças. Além disso, o país realizará eleições regionais e para a Assembleia Nacional em 2025.
A oposição, representada por figuras como Edmundo González, que se encontra exilado na Espanha, continua a contestar a posse de Maduro e busca apoio internacional para pressionar contra o governo. Ele tem recebido apoio de presidentes de outros países, como Estados Unidos e Argentina, e pediu intervenção militar para impedir a posse. Em resposta, o governo de Maduro anunciou a prisão de indivíduos acusados de tentar desestabilizar a política venezuelana, incluindo o ex-candidato Enrique Márquez, que teria planejado uma posse paralela do opositor.