A perda de um bebê é um processo doloroso que pode gerar diversas reações emocionais nos pais. No caso do luto perinatal, que ocorre após a perda do bebê, seja por aborto espontâneo ou por nascimento sem sinais vitais, a experiência emocional é única e varia entre os indivíduos. A tristeza, o isolamento e a dificuldade de retomar as atividades cotidianas são alguns dos sintomas comuns, mas é importante destacar que o luto perinatal não deve ser confundido com depressão, embora seus efeitos emocionais possam ser intensos.
Especialistas afirmam que a dor da perda é especialmente difícil para a mãe devido à ligação simbiótica com o bebê, sendo ela a pessoa que mais sente a ruptura da expectativa de uma vida que não se concretizou. O rompimento de planos e sonhos criados em torno do bebê geram uma sensação de perda ainda mais profunda. Para lidar com esse processo, é fundamental o apoio emocional de familiares e amigos, além da validação do sofrimento, respeitando o tempo e o espaço dos pais para vivenciar o luto sem pressões externas.
A rede de apoio deve estar preparada para acolher os pais e evitar frases que minimizem a dor, como “foi melhor assim”. Em vez disso, gestos simples como um abraço ou uma palavra sincera de apoio podem ser muito mais eficazes. Além disso, profissionais de saúde, como psicólogos e psicanalistas, são recomendados para ajudar os pais a lidar com as emoções intensas e complexas geradas pela perda, garantindo que o luto seja vivido de forma saudável e respeitosa.