O presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu vetar uma parte da reforma tributária que isentava fundos de investimento e fundos patrimoniais do pagamento de impostos unificados. O trecho vetado havia sido incluído no texto original da reforma, que propunha a unificação de diversos tributos, mas com uma exceção para esses fundos. A medida, caso fosse mantida, beneficiaria instituições financeiras e outros investidores, ampliando as isenções fiscais de setores já privilegiados, o que gerou controvérsias no Congresso e entre especialistas.
O veto de Lula foi justificado com base na necessidade de evitar a ampliação de desigualdades e de proteger as finanças públicas. Segundo a equipe econômica, a isenção ofereceria benefícios desproporcionais a grandes investidores, comprometendo o equilíbrio fiscal da reforma. O governo argumenta que o foco da reforma deve ser o aumento da arrecadação e a redução de distorções no sistema tributário, sem beneficiar setores que já possuem uma carga tributária reduzida.
A decisão do presidente deve agora ser analisada pelo Congresso Nacional, que pode decidir manter ou derrubar o veto. A discussão sobre a reforma tributária é considerada uma das mais importantes do ano, dada sua potencial para reorganizar a estrutura fiscal brasileira e influenciar o crescimento econômico no curto e longo prazo. A proposta de unificação tributária busca simplificar o sistema, tornando-o mais eficiente e menos propenso a abusos e distorções.