O presidente Luiz Inácio Lula da Silva busca ampliar sua base de apoio no Congresso Nacional ao atrair partidos do Centrão, grupo político que ocupa uma posição estratégica, mas que nem sempre se alinha de forma fiel ao governo. Embora partidos como União Brasil, Republicanos, PSD e PP comandem ministérios, ainda não se comprometem totalmente com o presidente, especialmente em relação às eleições de 2026. Esse movimento faz parte de uma estratégia mais ampla de Lula para garantir apoio parlamentar e viabilizar a aprovação de reformas e projetos no Legislativo.
A base fiel de Lula, composta principalmente por partidos como PT, PSB, PCdoB e PSOL, é limitada, representando cerca de um quarto da Câmara dos Deputados. O restante da composição da Casa é dividido entre o Centrão e a oposição. Para conseguir aprovar projetos, o governo depende do apoio dos partidos do Centrão, que, apesar de ocupar cargos ministeriais, não garantem um apoio incondicional a Lula para o futuro. A maioria desses partidos também possui alianças com outras figuras políticas e governadores que são críticos ao presidente.
Em um cenário de intensa negociação política, o governo precisa dos votos desses partidos para garantir a aprovação de propostas importantes, como a reforma tributária e a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil. Além disso, a necessidade de apoio do Centrão se torna ainda mais crucial em propostas constitucionais, que exigem um número maior de votos na Câmara dos Deputados. Apesar das cobranças públicas de Lula, muitos partidos ainda demonstram incertezas sobre o apoio que darão ao presidente nas eleições de 2026, o que mantém a relação política volátil e desafiadora.