O presidente Luiz Inácio Lula da Silva relembrou, durante discurso em defesa da democracia, a emergência médica que o levou a ser transferido para o Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, no dia 8 de janeiro. Ele destacou que foi necessário aguardar o retorno do avião presidencial, que estava no Rio de Janeiro, para realizar a viagem. Lula contou que os médicos estavam preocupados com sua saúde devido à gravidade do quadro clínico e mencionou a demora do voo como um fator agravante.
O chefe do Executivo fez uma crítica indireta ao brigadeiro Marcelo Kanitz Damasceno, comandante da Força Aérea Brasileira, pelo tempo necessário para o avião presidencial chegar a Brasília antes de seguir para São Paulo. Lula afirmou que o voo demorou cerca de quatro horas, o que gerou preocupação no ambiente militar. O comentário de Lula foi feito em tom de ironia, como parte de seu discurso sobre o estado da democracia no país.
Desde um incidente anterior com o avião presidencial, que apresentou pane no México, Lula tem utilizado o avião reserva da presidência. Durante o evento no Palácio do Planalto, o presidente e outros representantes militares, como o ministro da Defesa José Múcio Monteiro, estavam presentes. A declaração de Lula gerou um novo ambiente tenso entre o governo e os militares, que buscam uma reaproximação com a atual administração federal.