O presidente Luiz Inácio Lula da Silva está buscando reverter a queda de popularidade com uma nova estratégia de comunicação, coordenada pelo marqueteiro Sidônio Palmeira. A estratégia inclui um maior contato de Lula com as ruas, distanciando-se do gabinete do Planalto e tentando dissipar desconfianças sobre o rumo de seu governo. Lula também procurou defender publicamente o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e minimizou as críticas do presidente do PSD, Gilberto Kassab, sobre uma possível derrota nas eleições de 2026. O presidente reafirmou que a eleição está distante e expressou confiança no governo.
Apesar de desviar de alguns temas, como a reforma ministerial, Lula não conseguiu esconder as articulações internas para possíveis ajustes na equipe. O presidente indicou que a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, pode ser alçada a um cargo ministerial, embora o assunto ainda não tenha sido definido. As movimentações políticas no governo indicam que o presidente está tentando equilibrar interesses internos, como as críticas a Haddad e o cenário de pressão de partidos da base aliada, como o PSD e o PP.
Em meio ao movimento político, a figura de Kassab tem gerado especulações sobre a aproximação do PSD com a direita e com o ex-presidente Jair Bolsonaro. O ambiente político ainda está em desenvolvimento, e o desfecho da reforma ministerial será crucial para determinar os próximos passos do partido. Kassab, que tenta ampliar o espaço do PSD no governo federal, está sendo observado atentamente por aliados de Bolsonaro, que, embora cautelosos, veem possíveis sinais de mudança na relação entre os dois grupos.