O presidente Luiz Inácio Lula da Silva convocou uma reunião com ministros para discutir a recente decisão da Meta de descontinuar o programa de checagem de fatos em suas plataformas, incluindo Facebook e Instagram. Lula expressou preocupação com a responsabilidade das redes sociais e enfatizou a importância de preservar a soberania nacional no controle dessas ferramentas digitais. O presidente comparou a situação com crimes cometidos na imprensa, ressaltando que a comunicação digital deve ser tratada com a mesma responsabilidade.
Em resposta às mudanças anunciadas pela Meta, a Advocacia-Geral da União (AGU) declarou que irá notificar a empresa para exigir clareza sobre suas políticas no Brasil, especialmente em relação à proteção de populações vulneráveis e à prevenção da disseminação de desinformação. A Meta agora permitirá que os próprios usuários sinalizem informações falsas, sem a mediação de organizações independentes de checagem, o que gera controvérsias sobre a eficácia no combate à desinformação.
A decisão da Meta de flexibilizar suas políticas de moderação gerou reações negativas de autoridades brasileiras, incluindo membros do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Ministério Público Federal (MPF). A empresa também modificou suas diretrizes em relação à liberdade de expressão, permitindo o compartilhamento de discursos mais flexíveis, inclusive sobre questões de gênero e religião. Esse movimento ocorre no contexto de uma aproximação entre Mark Zuckerberg e figuras políticas dos Estados Unidos, gerando críticas sobre os impactos dessa mudança nas redes sociais globais.