Em uma reunião ministerial recente, o presidente Lula questionou partidos do Centrão sobre a continuidade de sua aliança para as próximas eleições, gerando incertezas sobre o apoio ao governo em 2026. Embora partidos como União Brasil, PSD, MDB, PP e Republicanos ocupem ministérios no governo, suas posições estão divididas entre apoio à reeleição de Lula e opções de candidaturas próprias ou alianças com outros blocos políticos. Para muitos ministros do Centrão, qualquer declaração de apoio neste momento seria prematura e poderia não se concretizar futuramente, dependendo de como o governo se posicionará em 2025 e das condições eleitorais que se apresentarem.
Além disso, existe uma pressão interna no Centrão, com diferentes correntes partidárias disputando espaço e visões divergentes sobre a estratégia para 2026. Alguns membros defendem que a decisão de apoio partidário seja tomada mais adiante, considerando a popularidade do governo e a situação no Congresso Nacional. O governador de Goiás, por exemplo, tem se mostrado contrário à ideia de apoio do União Brasil a Lula, destacando a falta de identidade do partido com o governo atual, apesar de ocupar três ministérios.
Em relação à reforma ministerial, a pressão por mais espaço na Esplanada dos Ministérios é crescente, com partidos como PP e Republicanos buscando mais protagonismo, especialmente com a proximidade da eleição para a presidência da Câmara. O PSD também reivindica maior participação, após uma percepção de descaso em relação à sua fidelidade ao governo. A redistribuição das pastas será um tema importante nas negociações internas dos partidos, que tentam equilibrar os interesses regionais e partidários com as necessidades do governo.