O presidente Luiz Inácio Lula da Silva planeja realizar até duas viagens por semana pelos Estados brasileiros como estratégia para aumentar sua popularidade e promover sua gestão. A primeira viagem pode ocorrer para o Rio de Janeiro, na próxima semana, com o objetivo de anunciar investimentos da Petrobrás. Essa presença nos Estados deve permitir ao presidente divulgar programas sociais e obras em andamento, além de mobilizar apoiadores e atrair a atenção da mídia local. No entanto, as viagens também podem atrasar discussões internas no governo, visto que o presidente ficaria ausente de Brasília.
A popularidade de Lula tem mostrado sinais de fragilidade, conforme aponta uma pesquisa recente, que revelou um índice de desaprovação de 49%, superando pela primeira vez a aprovação, que ficou em 47%. Apesar de se considerar a possibilidade de fazer mais viagens por semana, o entorno do presidente considera essa rotina extenuante devido à sua idade, com 80 anos a serem completados em outubro, e ao recente tratamento de saúde. Lula passou por dois procedimentos médicos em dezembro, o que limitou suas viagens até a liberação dos médicos no final de janeiro.
Além das viagens internas, Lula tem planos para diversos compromissos internacionais em 2025, incluindo encontros multilaterais como a Assembleia Geral da ONU e visitas ao Japão, Vietnã, Uruguai e Rússia, além de compromissos no Mercosul e no G20. A demanda por sua presença nos Estados é especialmente forte no Nordeste, onde o PT mantém maior base política, e a popularidade de Lula também tem enfrentado queda nesta região, como aponta a mesma pesquisa.