O presidente Luiz Inácio Lula da Silva demitiu 10 ministros para que possam participar das eleições para a presidência da Câmara dos Deputados e do Senado, marcadas para o dia 1º de fevereiro de 2025. A liberação é uma prática comum para ministros que também ocupam cargos legislativos, com a expectativa de que retornem aos seus postos no dia 3 de fevereiro. Entre os ministros que serão liberados, destacam-se aqueles que possuem vínculo com o Congresso, como os deputados federais Alexandre Padilha, André Fufuca e Luiz Marinho, e os senadores Camilo Santana e Carlos Fávaro.
A decisão de Lula também reflete sua estratégia política para as votações de Hugo Motta e Davi Alcolumbre, candidatos apoiados pelo governo para as presidências da Câmara e do Senado, respectivamente. As ministras do Meio Ambiente, Marina Silva, e dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, permanecerão em seus cargos, já que seus partidos, Rede e PSOL, apoiam candidatos contrários à escolha de Motta e Alcolumbre. Com isso, a votação dos ministros se tornará crucial para o governo, e a composição das candidaturas à presidência das duas Casas também ficará mais evidente.
A medida de exoneração dos ministros foi publicada no Diário Oficial da União no dia 31 de janeiro de 2025. Além disso, o ministro dos Transportes, Renan Filho, embora tenha sido cogitado para ser exonerado, não poderá comparecer devido a compromissos pessoais. Seu suplente, Fernando Farias, deverá votar a favor do governo nas eleições.