Com as eleições para a presidência da Câmara e do Senado se aproximando, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu exonerar temporariamente ministros com mandato no Legislativo. A medida visa evitar qualquer constrangimento durante o processo eleitoral, especialmente em relação ao voto dos ministros em candidatos que possam não alinhar com as orientações do governo. No entanto, duas ministras, Marina Silva, do Ministério do Meio Ambiente, e Sônia Guajajara, do Ministério dos Povos Indígenas, não serão exoneradas devido à especificidade de suas filiações partidárias e suas possíveis posições nas eleições.
Os ministros exonerados temporariamente são em sua maioria filiados a partidos que disputam as presidências da Câmara e do Senado, sendo que alguns deles são candidatos às vagas no Senado. Entre os ministros com mandato na Câmara, há figuras de destaque como Alexandre Padilha, André Fufuca, e Luiz Marinho, todos com ligações estreitas com partidos da base governista. Já no Senado, há ministros como Camilo Santana e Carlos Fávaro, que também buscam se reeleger enquanto mantêm suas funções ministeriais.
A decisão de não exonerar Marina Silva e Sônia Guajajara reflete uma estratégia política para evitar desconfortos entre partidos aliados, visto que ambas possuem uma posição diferenciada em relação ao apoio a candidatos nas disputas eleitorais. A expectativa é que essas exceções permitam uma maior harmonia entre as alianças partidárias, já que o governo tem mostrado apoio a candidatos como Hugo Motta, para a presidência da Câmara.