O presidente Luiz Inácio Lula da Silva exonerou dez ministros com mandatos parlamentares para que participem das eleições de presidência da Câmara dos Deputados e do Senado, marcadas para o sábado, 1º de fevereiro. A medida foi oficializada nesta sexta-feira, 31, no Diário Oficial da União, com exceção de dois ministros: Marina Silva, do Ministério do Meio Ambiente e Mudança Climática, e Sônia Guajajara, do Ministério dos Povos Indígenas. A ausência desses nomes está relacionada a questões estratégicas de apoio nas votações.
Entre os ministros exonerados, estão senadores como Camilo Santana (Educação), Carlos Fávaro (Agricultura) e Wellington Dias (Desenvolvimento Social), além de deputados federais como Alexandre Padilha (Relações Institucionais) e André Fufuca (Esportes). A intenção é evitar que esses ministros votem contra a orientação do governo, que apoia a candidatura de Hugo Motta (Republicanos-PB) à presidência da Câmara. As exonerações foram feitas para garantir a participação dos ministros na escolha das lideranças do Congresso.
O governo federal busca consolidar apoio para a eleição de Motta à presidência da Câmara, destacando que, embora Marina e Sônia tenham posições políticas distintas, as suas ausências nas exonerações visam evitar possíveis contradições de votos entre os partidos aliados. O ministro dos Transportes, Renan Filho, também deve ser liberado para votar, mas sua oficialização ainda não foi publicada no Diário Oficial.