O presidente Luiz Inácio Lula da Silva exonerou dez ministros com mandatos parlamentares para que possam votar nas eleições para as presidências da Câmara dos Deputados e do Senado, que ocorrerão no sábado, 1º de fevereiro. As exonerações foram publicadas no Diário Oficial da União e são parte de uma estratégia do governo para garantir votos a favor dos candidatos apoiados pelo presidente. No entanto, ministros dos Ministérios do Meio Ambiente e dos Povos Indígenas, Marina Silva e Sônia Guajajara, não foram exonerados, já que suas posições podem gerar contradições devido aos partidos aos quais estão filiados.
A lista de ministros exonerados inclui senadores e deputados federais, sendo que os nomes dos senadores Camilo Santana (Educação), Carlos Fávaro (Agricultura) e Wellington Dias (Desenvolvimento Social) foram destacadas. Entre os deputados federais, figuras como Alexandre Padilha (Relações Institucionais), André Fufuca (Esportes) e Celso Sabino (Turismo) também fazem parte da lista de exonerações. A decisão de liberar esses ministros busca evitar constrangimentos em caso de votos divergentes da orientação do governo.
Fontes do Palácio do Planalto apontam que as exceções de Marina Silva e Sônia Guajajara visam preservar a harmonia com os partidos aos quais pertencem, uma vez que o PSOL e a Rede Sustentabilidade possuem candidatos próprios para a presidência da Câmara. Embora o ministro dos Transportes, Renan Filho (MDB-AL), também seja liberado para votar, a oficialização de sua exoneração ainda não foi publicada.