O presidente Luiz Inácio Lula da Silva exonerou temporariamente dez ministros que também ocupam cadeiras no Congresso Nacional. A medida visa garantir a presença desses ministros nas eleições para as novas gestões das mesas diretoras da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, que ocorrerão no dia 1º de fevereiro. Após o pleito, os ministros deverão retornar aos seus postos no governo, já na próxima segunda-feira.
A exoneração não afeta todos os ministros com mandatos no Legislativo. Três deles, Marina Silva (Meio Ambiente), Sônia Guajajara (Povos Indígenas) e Renan Filho (Transportes), foram dispensados da medida por questões pessoais ou de alinhamento político, evitando votos contrários aos seus partidos ou ao governo. A decisão reflete o desejo de evitar constrangimentos dentro da equipe ministerial, especialmente em relação a votações que poderiam envolver questões delicadas.
A lista dos ministros exonerados inclui nomes como Alexandre Padilha (Relações Institucionais), Juscelino Filho (Comunicações) e Camilo Santana (Educação). A ação de Lula ocorre em um momento estratégico, com a definição das novas lideranças das casas legislativas, algo crucial para o andamento de sua agenda política no Congresso.