O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou nesta segunda-feira (20) que, a partir de agora, todas as portarias ministeriais deverão ser aprovadas pela Presidência, por meio da Casa Civil. A medida visa evitar que decisões unilaterais de ministros gerem problemas para o governo, como aconteceu recentemente com o caso Pix, que provocou uma repercussão negativa e forçou um recuo do governo em relação a uma proposta de fiscalização de transações financeiras. Lula destacou que, muitas vezes, medidas aparentemente simples podem gerar complicações inesperadas, e que essas situações devem ser evitadas.
Além da nova regra sobre portarias, Lula também cobrou maior dedicação de seus ministros, enfatizando que, até o final do seu mandato, espera um esforço contínuo da equipe. O presidente mencionou ainda que planeja realizar reuniões individuais com os ministros para alinhar as estratégias do governo. Esse movimento ocorre em um contexto de especulações sobre uma possível reforma ministerial, com Lula indicando que pretende conversar com partidos aliados sobre o futuro da Esplanada dos Ministérios, considerando também as eleições de 2025.
Atualmente, a Esplanada conta com 39 ministros de diferentes partidos, com o PT liderando com 12 pastas. Além do PT, outras siglas como PSD, MDB, Republicanos, PSB e União Brasil estão representadas no governo. A pressão política e as movimentações internas já indicam que o cenário eleitoral começa a moldar o ritmo das negociações e ajustes no governo, com uma forte atenção voltada para os próximos anos.