O presidente Luiz Inácio Lula da Silva realizou uma entrevista coletiva no Palácio do Planalto, onde abordou uma série de temas econômicos. Ele destacou o déficit primário de 0,1% do PIB em 2024, afirmando que o governo tem responsabilidade fiscal e que a meta de equilíbrio das contas públicas foi cumprida. Lula também mencionou que não há previsão de novas medidas fiscais, contrariando algumas declarações de sua equipe econômica sobre possíveis ajustes adicionais.
Em relação ao aumento da taxa de juros, Lula expressou confiança no trabalho do presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, e defendeu que a elevação da Selic era necessária, mas que o objetivo é, a longo prazo, reduzir os juros. O presidente também se posicionou contra críticas ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, defendendo seu trabalho na implementação de reformas importantes, como a PEC da Transição e a reforma tributária.
Por fim, Lula abordou o tema dos preços do diesel, esclarecendo que não autorizou aumentos e destacando a importância da Petrobras na decisão sobre os preços. O impacto do diesel na inflação dos alimentos também foi mencionado, com o presidente afirmando que a solução envolve o fortalecimento da produção agrícola sem recorrer a medidas extremas. Além disso, Lula se manifestou sobre as políticas tarifárias dos Estados Unidos, anunciando que o Brasil responderia de maneira recíproca caso haja aumento de tarifas sobre os produtos brasileiros.