A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, deve ser integrada ao governo Lula como parte da reforma ministerial que acontecerá até março. A pasta destinada a Gleisi será a Secretaria-Geral da Presidência, atualmente sob o comando de Márcio Macêdo. Essa mudança exigirá ajustes no PT, com a nomeação de um presidente interino até as eleições internas do partido, previstas para julho. Dois nomes estão sendo cogitados para essa função, e a escolha dependerá da aprovação do presidente Lula.
A inclusão de Gleisi Hoffmann no governo também é uma estratégia para fortalecer a relação do Planalto com os movimentos sociais, especialmente após uma queda na popularidade de Lula, notadamente entre eleitores do Nordeste e de baixa renda. A pesquisa Quaest revelou essa diminuição no apoio, o que indicaria a necessidade de um ajuste na comunicação política do governo. Além disso, essa mudança pode sinalizar a ascensão de um novo nome para liderar o PT no futuro, como o ex-prefeito Edinho Silva, com o objetivo de aproximar a sigla do centro político.
A reforma ministerial também trará reconfigurações importantes, com o possível afastamento de algumas figuras do PT, como a ministra Cida Gonçalves, e movimentações em relação a ministérios estratégicos. A pasta do Desenvolvimento Social, por exemplo, tem atraído o interesse de outros partidos, mas Lula tem demonstrado a intenção de manter o comando nas mãos do PT. A reforma, que inclui também mudanças na Secretaria de Comunicação Social, visa garantir estabilidade política para o governo durante o restante do mandato e nas eleições de 2026.