O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está prestes a iniciar uma reforma ministerial, e a deputada Gleisi Hoffmann, presidente do PT, é uma das cotadas para ocupar um cargo de primeiro escalão. A Secretaria-Geral da Presidência, atualmente sob a responsabilidade de Márcio Macêdo, deve ser o destino de Gleisi, conforme antecipado por veículos de imprensa. Ela tem uma longa trajetória política, que inclui passagens como senadora, ministra-chefe da Casa Civil durante o governo Dilma Rousseff e como deputada federal desde 2019.
Natural de Curitiba e formada em Direito, Gleisi Hoffmann construiu uma carreira sólida dentro do PT, com passagens por diversos cargos administrativos e políticos. Sua primeira disputa eleitoral foi em 2006, quando concorreu ao Senado e à prefeitura de Curitiba em anos subsequentes. Em 2010, foi eleita senadora, cargo que ocupou até 2014, quando se licenciou para assumir a Casa Civil. A ex-ministra também disputou o governo do Paraná em 2014, sem sucesso, mas em 2017 assumiu a presidência do PT, função que exerceu até hoje.
A possível nomeação de Gleisi para o governo também traria mudanças internas no PT. Edinho Silva, ex-prefeito de Araraquara, é o nome preferido de Lula para sucedê-la na presidência do partido. No entanto, dentro do grupo político de Gleisi, há divergências sobre a escolha, o que reflete as complexas relações de poder no partido. A transição política pode marcar um novo ciclo para o PT, com ajustes tanto na composição governamental quanto nas estratégias internas do partido.