Em um ato realizado sem a presença dos principais chefes dos Poderes Legislativo e Judiciário, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva reiterou seu compromisso com a defesa da democracia, destacando o papel das Forças Armadas na proteção da soberania nacional. A presença dos comandantes militares foi ressaltada por Lula como um passo positivo na reconstrução das relações com os militares, especialmente após os eventos de 8 de janeiro de 2023, quando as sedes dos Poderes foram alvo de ataques golpistas. O presidente minimizou a ausência de autoridades convidadas, como os presidentes da Câmara, do Senado e do Supremo Tribunal Federal, afirmando que um único ato em defesa da democracia já seria significativo.
Durante o evento, marcado pela entrega de obras restauradas após os danos dos ataques, Lula enfatizou que todos os envolvidos nas tentativas golpistas serão investigados e punidos, garantindo o direito à defesa em processos justos, sem impunidade. Ele também reforçou que a democracia requer vigilância constante e que não haverá tolerância com discursos de ódio, especialmente nas redes sociais. O presidente abordou o tema da liberdade de expressão, mas com a ressalva de que a incitação ao ódio não pode ser aceita.
Em uma declaração simbólica, Lula se comparou a um “amante” da democracia, o que gerou controvérsia, especialmente entre os presentes, incluindo a primeira-dama. Além disso, ele reafirmou sua posição contra qualquer tentativa de golpe, mencionando o plano frustrado de atentado contra ele e outras autoridades, e qualificando os responsáveis como “aloprados”. O evento também foi uma oportunidade para o presidente reforçar sua visão de democracia como algo que exige cuidado constante e que deve ser protegida por todos.