O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou, nesta quinta-feira (9), que realizará uma reunião para discutir as novas diretrizes de moderação de conteúdo estabelecidas pela Meta, empresa de Mark Zuckerberg. Lula destacou que a medida fere a soberania nacional e defendeu que cada país deve ter o direito de regular seus próprios assuntos, sem a intervenção de grandes corporações. O presidente expressou preocupação com a proposta de que a comunicação digital não tenha a mesma responsabilidade que a mídia tradicional, apontando riscos à integridade das informações circulando nas redes sociais.
As novas regras, anunciadas por Zuckerberg na terça-feira (7), incluem o fim da verificação de fatos, a eliminação de restrições sobre temas como migração e identidade de gênero, além de uma maior promoção de conteúdo cívico com forte carga ideológica. O executivo também afirmou que a Meta buscará apoio do governo dos Estados Unidos para pressionar os países que tentam regular o ambiente digital. Essas alterações têm gerado críticas de várias autoridades, que alegam que podem prejudicar a democracia.
Ministros como Sidônio Palmeira e João Brant, da Secretaria de Comunicação e Políticas Digitais, manifestaram sua preocupação com o impacto das mudanças sobre a soberania nacional e a preservação dos princípios democráticos. O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, também se posicionou, garantindo que a Corte não permitirá que empresas de tecnologia sejam usadas para promover discursos de ódio ou práticas antidemocráticas.