O presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou os governadores de Estados altamente endividados que se manifestaram contrários ao programa de regularização das dívidas estaduais, sancionado recentemente pelo governo federal. Durante a cerimônia no Palácio do Planalto para a sanção da reforma tributária, Lula chamou de ingratos os líderes estaduais que, segundo ele, deveriam agradecer ao governo e ao Congresso Nacional pelo esforço em aprovar a medida, mas optaram por críticas. O presidente destacou que o programa exige o pagamento das dívidas, abordando a resistência de alguns gestores em cumprir as novas regras.
Entre os Estados mais afetados estão Minas Gerais, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul, governados por políticos de oposição ao atual governo federal. Os líderes estaduais levantaram questionamentos ao texto sancionado, o que levou a uma resposta pública do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, direcionada ao governador de Minas Gerais. Lula enfatizou que, enquanto os Estados endividados enfrentam ajustes, aqueles com contas em dia também terão atenção do governo federal, apontando para a desigualdade no cumprimento das obrigações financeiras.
Lula também comentou sobre sua relação com o Congresso Nacional, afirmando que, apesar das adversidades de uma base minoritária, sua gestão tem conseguido avançar em pautas importantes. O presidente demonstrou otimismo em relação aos frutos que o país colherá a partir de 2025, decorrentes das ações do governo, e especialmente a partir de 2027, devido aos efeitos da reforma tributária. Ele ressaltou a importância de manter o equilíbrio fiscal e promover políticas que contemplem tanto os Estados endividados quanto os que mantêm suas contas equilibradas.