O presidente Lula convocou uma reunião para discutir as recentes mudanças nas políticas de checagem de fatos da Meta, destacando que a decisão é grave e compromete a soberania dos países. As atualizações permitem, por exemplo, associar doenças mentais à orientação sexual e redefinem o conceito de discurso de ódio, restringindo-o a ataques diretos a pessoas, enquanto exclui ataques a conceitos e instituições. A Meta, por outro lado, comprometeu-se a remover conteúdos que apresentem riscos iminentes à integridade física das pessoas ou que alterem diretamente processos políticos.
No Brasil, o governo aumentou a pressão sobre as grandes empresas de tecnologia, com o vice-presidente Geraldo Alckmin defendendo uma maior regulamentação das plataformas. Em sua fala, Alckmin reforçou que as empresas só poderão operar no país caso sigam a legislação brasileira. Enquanto isso, na Europa, a decisão da Meta gerou críticas, principalmente no que se refere à interferência nas eleições, com líderes europeus preocupados com o impacto que as plataformas podem ter no cenário político.
O apoio de Elon Musk a partidos e candidatos de extrema-direita, incluindo o AfD na Alemanha, gerou um debate acirrado, com líderes como o chanceler alemão Olaf Scholz e o presidente francês Emmanuel Macron denunciando a interferência eleitoral. A situação é vista como um desafio crescente para a diplomacia europeia, especialmente em um momento de preparação para as eleições de 2025. O apoio de Musk ao AfD também levantou preocupações entre os cidadãos alemães, com pesquisas indicando que 59% acreditam que sua postura pode beneficiar o partido nas urnas.