O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se manifestou, nesta quinta-feira (9), contra as mudanças anunciadas pela Meta, empresa responsável pelas plataformas Facebook e Instagram, relacionadas ao tratamento de conteúdos digitais. Questionado sobre as declarações de Mark Zuckerberg, CEO da Meta, sobre o fim do programa de verificação de fatos, Lula destacou a importância da soberania dos países e afirmou que questões internas não devem ser influenciadas por cidadãos ou entidades externas.
A Meta anunciou que, a partir dos Estados Unidos, encerraria seu programa de verificação de fatos, adotando, no lugar, um sistema de “notas de comunidade”, onde os próprios usuários poderiam corrigir informações. Mark Zuckerberg justificou a mudança afirmando que os verificadores de fatos foram tendenciosos, o que teria prejudicado mais a confiança dos usuários do que ajudado. Ele também afirmou que, sem a verificação por terceiros, a plataforma enfrentaria menos críticas, mas com o risco de reduzir o alcance de conteúdos de usuários inocentes.
Zuckerberg ainda acusou tribunais secretos da América Latina de ordenarem a remoção silenciosa de conteúdos nas redes sociais, uma afirmação sem comprovação. Essa declaração foi interpretada por membros do governo brasileiro como uma possível referência ao Supremo Tribunal Federal, especialmente após recentes disputas judiciais envolvendo plataformas digitais e o proprietário do X, Elon Musk.