O presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou a decisão da Meta, dona do Facebook, Instagram e WhatsApp, de encerrar a checagem de fatos em suas plataformas nos Estados Unidos. Lula destacou a importância de cada país manter sua soberania e afirmou que a comunicação digital deve ser tratada com a mesma responsabilidade que a imprensa tradicional, onde crimes cometidos são passíveis de punição. Para ele, é grave a ideia de que ações realizadas no ambiente digital não sejam responsabilizadas da mesma forma que as feitas na vida real.
O governo brasileiro, por meio da Advocacia-Geral da União (AGU), também se manifestou contra a decisão da Meta, argumentando que a medida poderá aumentar a desinformação nas redes sociais, um problema já enfrentado pela sociedade com a disseminação de fake news e discursos de ódio. O ministro Jorge Messias alertou para os riscos de um ambiente online ainda mais descontrolado, sem a moderação de conteúdo realizada por organizações independentes.
Além disso, a Meta anunciou que, a partir das mudanças, as próprias redes sociais dependem dos usuários para corrigir informações falsas ou enganosas, ao invés de contar com entidades especializadas na checagem de fatos. A decisão gerou críticas, incluindo de políticos como Geraldo Alckmin, que apontou o risco de abusos de poder econômico e suas consequências para a democracia e o bem-estar social.