O presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou governadores que manifestaram oposição ao programa de regularização das dívidas dos estados, sancionado recentemente pelo governo federal. Durante a cerimônia de sanção da reforma tributária no Palácio do Planalto, Lula chamou os governadores de ingratos, argumentando que, ao invés de agradecerem ao governo e ao Congresso pela aprovação da medida, eles têm feito críticas, especialmente aqueles de estados com as maiores dívidas, como Minas Gerais, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul.
Lula ressaltou que a medida era uma ação necessária para a regularização das dívidas estaduais e que, a partir de agora, os estados que não estavam em dia com seus pagamentos teriam que honrar suas obrigações. Ele destacou a importância do apoio do Congresso Nacional e do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, no avanço do projeto. O presidente também citou a desigualdade entre estados endividados e aqueles com contas em ordem, sugerindo que, enquanto os estados mais pobres pagam suas dívidas, os mais ricos acabam sendo beneficiados.
A crítica de Lula gerou reações, especialmente de governadores de oposição, como os de Minas Gerais, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul, que têm se mostrado contrários às condições do programa. Além disso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, respondeu diretamente a um dos governadores, refletindo as tensões políticas em torno da questão das dívidas estaduais. Lula finalizou afirmando que, embora tenha atendido aos estados endividados, sua administração também continuará a apoiar os que estão em conformidade com as suas responsabilidades fiscais.