O presidente Luiz Inácio Lula da Silva comentou sobre a inflação no Brasil em entrevista realizada no Palácio do Planalto. Ele afirmou que a sua administração não tomará medidas extremas, como bravatas, para controlar os preços, e ressaltou a importância de evitar o surgimento de mercados paralelos. Em relação ao aumento de alimentos como o óleo de soja e a carne, Lula destacou que o governo buscará uma negociação com o setor produtivo para tentar estabilizar os preços e retornar à normalidade econômica.
Sobre os combustíveis, o presidente deixou claro que qualquer aumento de preço deverá ser discutido e decidido pela Petrobras, sendo posteriormente anunciado à imprensa. Ele reafirmou a confiança no trabalho da estatal e enfatizou que a gestão de preços precisa ser feita de forma cuidadosa, sem precipitações que possam prejudicar a economia ou gerar instabilidade.
Em relação à decisão do Copom de aumentar a taxa de juros em um ponto percentual, Lula adotou uma postura mais serena, destacando a necessidade de paciência no processo. Ele afirmou que tem total confiança no trabalho do presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, e que entende que ajustes na política monetária são necessários, mas com a cautela de não provocar danos ao crescimento econômico. O presidente também afirmou que acredita em uma redução das taxas de juros no futuro, quando as condições econômicas permitirem.