O presidente Luiz Inácio Lula da Silva comentou, nesta quinta-feira (30), sobre declarações recentes de Gilberto Kassab, presidente do PSD, que criticou o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, chamando-o de “fraco” e dizendo que ele não seria capaz de comandar a economia. Lula discordou das críticas, afirmando que foram injustas, e ainda fez uma observação irônica sobre a possibilidade de não ser reeleito, mencionando que a próxima eleição ainda está distante. O presidente também destacou a competência de Haddad, elogiando-o como um ministro extraordinário e ressaltando suas atuações em temas como a PEC da Transição e a reforma tributária.
Além disso, Lula abordou a questão de uma possível reforma ministerial, com o objetivo de fortalecer a base de apoio do governo no Congresso, especialmente em relação a partidos do Centrão, como o PSD. As mudanças, que devem ser definidas até fevereiro, visam garantir maior apoio político, principalmente após o recesso parlamentar. Lula, no entanto, enfatizou que não é do seu perfil colocar a culpa nos outros, uma referência a uma nota da presidente do PT, Gleisi Hoffmann, sobre a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de aumentar a taxa Selic.
O presidente também se mostrou atento às eleições no Congresso, marcadas para 1º de fevereiro, que podem impactar a relação do governo com o Legislativo. A troca de líderes partidários e a definição de novos coordenadores de bancadas são pontos que merecem atenção, visto que o governo busca manter uma base aliada forte para a aprovação de suas propostas. Em uma reunião ministerial recente, Lula demonstrou preocupação com o apoio dos partidos a seu governo e afirmou que discutirá o assunto com os ministros em breve.