O presidente Luiz Inácio Lula da Silva está tomando decisões importantes para a reforma ministerial, considerando cinco nomes que não passarão por negociações com partidos ou grupos de interesse, sendo considerados como sua cota pessoal. Entre as mudanças mais encaminhadas, destaca-se a possível nomeação de Gleisi Hoffmann para a Secretaria Geral da Presidência, substituindo Márcio Macêdo, com quem Lula já teria acertado a mudança. A questão de José Múcio Monteiro, atual ministro da Defesa, também está sendo discutida, pois ele manifestou o desejo de deixar o cargo devido a pressões familiares, mas o presidente resiste à sua saída, considerando seu bom desempenho na aproximação das Forças Armadas com o governo.
Além dessas, outros nomes estão sendo avaliados para ocupar posições chave. Arthur Lira, presidente da Câmara, foi sondado para o Ministério da Agricultura, mas a decisão depende do cenário político, visto que ele está prestes a deixar a presidência da Câmara. A possibilidade de mudança também se estende a Geraldo Alckmin, atual vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, que poderia ser substituído para abrir espaço para outras legendas, como o Republicanos ou o PSD. Além disso, Rodrigo Pacheco, presidente do Senado, também é cogitado para ocupar cargos de destaque, possivelmente no Ministério do Desenvolvimento ou na Justiça, com o intuito de fortalecer a aliança política de Lula em Minas Gerais para as eleições de 2026.
A conclusão da reforma ministerial, no entanto, deve ocorrer após o Carnaval, em um momento de foco nas negociações das comissões da Câmara e do Senado. O governo prefere adiar as definições sobre os novos ministros até que essas discussões sejam finalizadas, o que pode resultar em anúncios sobre as mudanças ainda no mês de março. As escolhas de Lula estão sendo moldadas por cálculos políticos e a necessidade de manter a estabilidade e as alianças dentro do governo, sem causar rupturas que possam prejudicar a governabilidade.