O presidente Luiz Inácio Lula da Silva iniciou as articulações para uma reforma ministerial, que pode envolver a entrada de Gleisi Hoffmann no primeiro escalão do governo, possivelmente para a Secretaria-Geral da Presidência. Embora Gleisi tenha negado convite formal, fontes próximas ao presidente indicam que sua nomeação está em andamento. Além disso, o PT pode perder pelo menos duas pastas, com a possível saída de Paulo Pimenta da Secretaria de Comunicação e a substituição de Cida Gonçalves no Ministério das Mulheres, o que abriria espaço para a entrada de partidos de centro como o PSD.
A reforma também envolve a possível substituição de Alexandre Padilha no Ministério das Relações Institucionais, embora isso dependa da exoneração da ministra da Saúde, Nísia Trindade. O presidente avalia o impacto dessa decisão, considerando o equilíbrio entre a representação feminina no governo. A pressão do Congresso também é crescente, com líderes partidários buscando maior participação na gestão, incluindo a possível entrada de Arthur Lira no Ministério da Agricultura, uma questão que ainda está sendo discutida nos bastidores.
A estratégia de Lula para fortalecer sua base aliada e garantir estabilidade política para os próximos anos, especialmente visando as eleições de 2026, é o principal foco dessa reforma ministerial. A medida ocorre em um momento de queda na aprovação do governo e busca ampliar o apoio no Congresso. As definições sobre a reforma ministerial devem acontecer após as eleições para os comandos da Câmara e do Senado, previstas para os próximos dias.