O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, nesta quinta-feira (30), que não planeja adotar novas medidas fiscais em seu governo no momento. No entanto, o chefe do Executivo deixou claro que ajustes podem ser considerados caso surjam necessidades durante o ano. Lula enfatizou a importância de buscar um desenvolvimento econômico saudável para o país e reafirmou sua postura contrária à adoção de novas ações fiscais a princípio.
A declaração ocorre no contexto de uma recente divulgação de dados sobre a arrecadação da União, que bateu recorde histórico em 2024, alcançando R$ 2,65 trilhões, um aumento real de 9,62% em relação ao ano anterior. O desempenho positivo foi atribuído ao crescimento do PIB, aumento de preços e medidas que reforçaram o caixa do governo federal. A boa arrecadação, no entanto, não foi suficiente para mudar a postura do presidente em relação a novas medidas fiscais neste momento.
Em sua coletiva, Lula também reafirmou a autonomia da Petrobras e do Banco Central, ressaltando que cabe à estatal definir sua política de preços e à instituição monetária conduzir a taxa Selic. Enquanto isso, o mercado financeiro reagiu à entrevista com a queda do dólar, que havia alcançado R$ 5,94 pela manhã e recuou para R$ 5,88 no início da tarde, influenciado por fatores externos e pela movimentação de exportadores.