Em 2024, os preços de locação de imóveis comerciais no Brasil dispararam 7,88%, o maior crescimento anual desde o início da série histórica do índice FipeZap, em 2013. Esse aumento reflete a elevada demanda por aluguel devido à alta dos juros, que afastou investidores do mercado de venda. Em contrapartida, o preço de venda de imóveis comerciais subiu apenas 0,40%, evidenciando um contraste significativo entre as duas modalidades. O cenário de juros altos esfriou o mercado de compra e venda, enquanto o mercado de locação se recuperou da perda provocada pela pandemia e seguiu em expansão.
Dentre as cidades brasileiras, Niterói, Curitiba, Rio de Janeiro e São Paulo destacaram-se com altas expressivas no preço de locação, enquanto Curitiba e Salvador lideraram os aumentos nos preços de venda. O retorno médio de aluguel (rental yield) foi de 6,70% ao ano, superior ao do mercado residencial, mas ainda abaixo de aplicações financeiras tradicionais. Salvador, com o maior retorno, obteve 9,52% ao ano, seguido por Campinas, com 7,86%. Já as cidades com menores retornos incluíram Curitiba e Belo Horizonte, com números abaixo da média.
No último mês de 2024, tanto os preços de locação quanto de venda apresentaram aumentos modestos, abaixo dos índices inflacionários. O preço médio de venda de imóveis comerciais foi de R$ 8.421/m², enquanto o de locação ficou em R$ 45,53/m². São Paulo, com os valores mais altos, liderou com preços de R$ 10.142/m² para venda e R$ 54,40/m² para locação, enquanto Salvador apresentou os preços mais acessíveis. O desempenho dos preços variou de acordo com a dinâmica econômica local, com Curitiba e Niterói destacando-se no fechamento de 2024.