Líderes europeus manifestaram forte rejeição às declarações do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre a anexação de territórios como a Groenlândia, o Canal do Panamá e o Canadá. Trump defendeu que a incorporação dessas regiões seria essencial para a segurança nacional dos Estados Unidos, uma posição que foi amplamente criticada por autoridades da União Europeia. A primeira-ministra da Dinamarca, Mette Frederiksen, reiterou que a Groenlândia é parte do povo dinamarquês e que qualquer decisão sobre o futuro da ilha deve ser tomada pela população local. Ela enfatizou, no entanto, a importância de uma cooperação contínua com os americanos.
O chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, e o ministro francês das Relações Exteriores, Jean-Noel Barrot, também se posicionaram contra as ideias de Trump. Scholz destacou que a integridade territorial dos países deve ser respeitada globalmente e que as fronteiras não podem ser alteradas à força, enquanto Barrot assegurou que a União Europeia não permitirá qualquer ataque em seus territórios. Essas declarações refletem uma crescente tensão diplomática em relação às ações unilaterais dos Estados Unidos, com muitos observando com preocupação os impactos que as políticas externas de Trump podem ter sobre as relações internacionais.
Além das questões territoriais, Trump expressou interesse em explorar rotas de navegação e minerais raros na Groenlândia, além de buscar renegociar termos comerciais com o Canadá para beneficiar a indústria americana. As ameaças tarifárias também pairam sobre esses países, com o presidente dos EUA considerando declarar emergência econômica para implementar novas tarifas. Tal cenário gera receios no mercado financeiro e no Federal Reserve, que teme um possível impacto inflacionário e um aumento da volatilidade nas bolsas de valores, principalmente nas economias da União Europeia, China e Canadá.