Durante a reunião anual do Fórum Econômico Mundial em Davos, Suíça, executivos empresariais se alinharam com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ao endossar sua proposta de que a União Europeia deve acelerar esforços para reduzir regulamentações e aumentar a competitividade. Trump criticou a abordagem da UE em relação aos EUA e enfatizou que, sob seu governo, os Estados Unidos se tornaram o destino preferido para a construção de fábricas. A retórica de Trump, focada na desregulamentação nos EUA, criou uma pressão adicional sobre os líderes europeus para que sigam um caminho semelhante e melhorem a competitividade do bloco.
No entanto, a implementação dessa desregulamentação ainda esbarra em dificuldades internas na União Europeia. Líderes como Mario Draghi e Ursula von der Leyen destacaram a necessidade de mais inovação e redução da burocracia, mas o progresso tem sido lento, principalmente devido à falta de consenso entre os Estados-membros da UE em questões-chave, como as reformas nos mercados de capitais e setores de energia. A crescente importância de tecnologias como a inteligência artificial também tem impulsionado a necessidade de mudanças rápidas para que a Europa não perca competitividade global.
A pressão é ainda maior devido à ameaça de perda econômica, com especialistas apontando que a Europa pode deixar de gerar trilhões de euros em PIB se não conseguir se adaptar às novas tecnologias e regulamentações globais. Empresas como a SAP e a Siemens ressaltam que, se a UE não responder rapidamente a essas questões, o investimento estrangeiro na região pode ser prejudicado. A situação é vista como urgente, e líderes empresariais pedem ações concretas para melhorar a competitividade da região e evitar que a Europa fique ainda mais atrás em relação a outros mercados desenvolvidos.