A líder da oposição venezuelana María Corina Machado foi libertada após breve detenção em Caracas, onde participava de manifestações contra o governo de Nicolás Maduro. Mesmo enfrentando desafios jurídicos e políticos, como a inabilitação para disputar cargos públicos por 15 anos, ela se destacou como figura central da oposição, promovendo o nome de Edmundo González como candidato da coalizão contrária ao governo. Apesar dos esforços, Maduro foi declarado vencedor nas eleições presidenciais, levantando questionamentos sobre a transparência do processo.
Engenheira industrial e política combativa, Machado iniciou sua atuação desafiando o regime chavista em 2004, quando liderou um referendo contra Hugo Chávez, ação que resultou em acusações de conspiração. Sua postura firme e críticas diretas ao governo lhe renderam admiração e repercussão internacional, especialmente após seu confronto direto com Chávez na Assembleia Nacional. Nos últimos anos, ela consolidou sua posição como líder da oposição, articulando campanhas e manifestações mesmo diante de perseguições e ameaças.
Machado se tornou símbolo de resistência ao governo, representando esperança para milhões de venezuelanos que desejam mudanças políticas no país. Apesar de estar impedida de concorrer diretamente à presidência, seu papel foi essencial para mobilizar a oposição e reforçar o discurso de transformação. Sua trajetória reflete coragem e persistência em um cenário político marcado por adversidades e repressão.