Um cidadão japonês de 60 anos se declarou culpado em um tribunal dos Estados Unidos de envolvimento em uma rede internacional de tráfico de materiais nucleares, drogas e armas. Ele foi acusado de tentar vender urânio e plutônio a um suposto agente iraniano, acreditando que os materiais seriam usados em um programa de armas nucleares. O acusado também admitiu envolvimento em operações de tráfico de narcóticos, incluindo heroína e metanfetamina, com destino aos Estados Unidos, e em transações ilegais envolvendo armas pesadas, como mísseis terra-ar. A investigação, realizada pela DEA (Administração Antidrogas dos EUA), revelou uma vasta rede de conexões criminosas envolvendo países como Japão, Mianmar, Tailândia e Sri Lanka.
Durante as negociações com um agente disfarçado da DEA, o réu forneceu provas de sua participação no tráfico de materiais nucleares, incluindo imagens e documentos que supostamente confirmavam a presença de substâncias radioativas. Ele também foi implicado em atividades de lavagem de dinheiro, movimentando recursos de origem ilícita entre os Estados Unidos e o Japão. O caso destaca o envolvimento de Mianmar, um país marcado por instabilidade política e violação de direitos humanos desde o golpe de Estado de 2021, como um ponto crucial no tráfico de substâncias perigosas e narcóticos.
As autoridades dos EUA enfatizam que o tráfico internacional de materiais nucleares acarreta penas severas, com o acusado enfrentando uma possível sentença de até 20 anos de prisão. O Departamento de Justiça dos Estados Unidos classificou o caso como uma vitória no combate ao crime organizado global, destacando a eficácia da DEA em desmantelar grandes redes criminosas. As investigações continuam, e a operação reforça a importância da cooperação internacional na luta contra o tráfico de substâncias ilegais e a segurança nacional.