María Corina Machado, líder da oposição venezuelana, se manifestou pela primeira vez após ser detida na quinta-feira (9), durante um protesto contra o governo de Nicolás Maduro. Em seu pronunciamento, realizado em 10 de janeiro de 2025, Machado afirmou que o atual presidente consumou um golpe de Estado ao assumir um terceiro mandato, violando a Constituição Nacional. Ela também criticou o apoio de outros regimes autoritários, como os de Cuba e Nicarágua, que, segundo ela, ajudam Maduro a se manter no poder.
A oposição venezuelana defende que Edmundo González foi o vencedor das eleições presidenciais de 2024, embora as autoridades eleitorais, alinhadas com o governo, aleguem a reeleição de Maduro. González, que atualmente vive em exílio, tem recebido reconhecimento internacional como presidente eleito de vários países, incluindo Estados Unidos e nações europeias. No entanto, o governo de Maduro nega essas alegações e reforça a versão de sua reeleição.
Durante seu discurso, Machado também comentou sobre o tratamento agressivo que sofreu ao ser detida, relatando violência por parte das forças de segurança e destacando que sua prisão, amplamente repercutida, pode ter causado um erro de cálculo do regime. Ela pediu à população que continue se manifestando e expressou confiança de que a liberdade do país está próxima, destacando o fortalecimento da união popular contra o governo.