A poucos dias da posse presidencial na Venezuela, María Corina Machado, líder da oposição, concedeu entrevista à BBC Mundo, destacando a crescente fragilidade do regime de Nicolás Maduro. Ela expressou confiança na força da oposição e afirmou que o chavismo está mais debilitado do que nunca. Machado, que se encontra na clandestinidade devido a uma ordem de prisão contra ela, chamou os venezuelanos a se unirem em protestos pacíficos, enfatizando que a vitória da oposição nas urnas em 2023 e o apoio popular são evidências de que o país deseja uma mudança. Ela também criticou a repressão do governo e o isolamento internacional de Maduro, destacando que o regime está sendo cada vez mais isolado internamente e externamente.
Machado também se referiu ao contexto internacional, afirmando que os governos democráticos devem escolher entre apoiar a tirania ou a democracia no país. Para ela, os países da América Latina, como Brasil, Colômbia e México, estão observando o desenvolvimento da crise venezuelana de perto. Ela destacou que a Venezuela vive um momento decisivo, com a comunidade internacional tendo a oportunidade de apoiar a transição democrática e não legitimar um governo que, segundo ela, comete crimes contra a humanidade. A oposição, segundo a líder, está mais forte e unida, e a vitória está ao alcance, desde que a mobilização popular seja mantida.
Em relação à violência e repressão, Machado reiterou que o povo venezuelano tem a força cívica necessária para resistir à tirania, sem recorrer ao uso de violência. Ela pediu que os venezuelanos se protejam mutuamente nas ruas e se unam por um futuro livre. A oposição venezuelana, segundo ela, é mais organizada e decidida do que nunca, e o apoio popular será crucial para enfrentar a repressão do governo. Por fim, Machado fez um apelo à comunidade internacional, afirmando que agora é o momento de os governos decidirem de que lado estão, em defesa dos direitos humanos ou ao lado de um regime que, para ela, já está derrotado.