Durante a Segunda Guerra Mundial, a libertação dos primeiros campos de concentração nazistas teve um impacto limitado no público em geral, pois as imagens das atrocidades não foram amplamente divulgadas. As primeiras descobertas ocorreram à medida que as tropas aliadas avançavam sobre a Europa. O campo de Majdanek, na Polônia, foi o primeiro a ser libertado em 1944, seguido por Auschwitz e outros campos, mas as imagens e informações eram inicialmente restritas, principalmente por razões humanitárias e para evitar alarmar familiares de desaparecidos.
Com o avanço das tropas soviéticas e aliadas, muitos campos começaram a ser evacuados, e seus prisioneiros transferidos para outros locais, onde muitos morreriam em marchas forçadas. O campo de Auschwitz, por exemplo, foi desmantelado parcialmente em 1944, com mais de 60 mil prisioneiros evacuados, deixando apenas cerca de 7 mil sobreviventes quando os soviéticos chegaram em janeiro de 1945. As condições de sofrimento e morte eram extremas, com prisioneiros incapazes de andar devido à exaustão e fome.
A virada aconteceu em abril de 1945, quando o campo de Ohrdruf foi descoberto. As imagens das atrocidades, incluindo corpos empilhados e prisioneiros executados, levaram os aliados a suspender a censura e permitir a divulgação das fotos e relatos. Isso marcou um ponto crucial para o mundo tomar conhecimento da magnitude dos crimes cometidos durante a guerra, culminando em uma cobertura mais ampla da mídia e da conscientização pública sobre os horrores do regime nazista.