O Líbano elegeu Joseph Aoun, comandante do exército do país, como seu novo presidente, após mais de dois anos de vacância no cargo. A vitória de Aoun, apoiado pelos Estados Unidos, marca um ponto de inflexão na política libanesa, com o país se afastando progressivamente da influência iraniana, simbolizada pelo Hezbollah. Com mais de dois terços dos votos dos legisladores, Aoun assume a presidência em meio a uma crise política e econômica profunda, enfrentando desafios para garantir a estabilidade e implementar reformas essenciais, especialmente em um contexto de recuperação gradual da dívida do país.
O novo presidente libanês tem como principal tarefa restaurar a confiança nas instituições públicas e buscar uma solução para a crise econômica paralisante, que inclui o calote de bilhões de dólares em dívidas soberanas em 2020. Aoun também se comprometeu a reforçar a segurança e a governança no país, destacando a necessidade de controlar os grupos armados fora do Estado, como o Hezbollah. Sua eleição é vista como um passo em direção a uma maior aproximação do Líbano com o Ocidente e o mundo árabe, especialmente com o apoio da Arábia Saudita e dos Estados Unidos, que apoiam suas propostas de reforma.
Com a vitória de Aoun, o Líbano passa a uma nova fase política, após anos de instabilidade e isolamento. A eleição de um presidente apoiado pelo Ocidente representa uma mudança importante nas relações do país com seus vizinhos e com a comunidade internacional. No entanto, as expectativas sobre as reformas continuam altas, com especialistas alertando para a necessidade de ações concretas para desbloquear a ajuda financeira e superar os obstáculos impostos pelos interesses políticos internos. O próximo passo será a nomeação de um novo primeiro-ministro e a implementação de reformas econômicas e financeiras cruciais para a recuperação do país.