A recente sanção de uma lei federal que proíbe o uso de celulares nas escolas públicas e privadas, tanto nas aulas quanto nos intervalos, busca limitar as distrações e promover mais interação entre os alunos. A medida, no entanto, prevê exceções, como o uso pedagógico dos aparelhos sob orientação dos professores e para necessidades de acessibilidade ou saúde. A proibição já é realidade em locais como o Rio de Janeiro, onde a regra tem mostrado resultados positivos, como a diminuição do isolamento social dos estudantes durante o recreio, mas enfrenta desafios para ser implementada de forma consistente em todo o Brasil.
No Rio, as escolas têm liberdade para adaptar a aplicação da norma, com algumas optando por guardar os celulares ou recolhê-los durante o dia. As dificuldades na implementação envolvem desde a resistência dos alunos até a infraestrutura das escolas, como turmas lotadas e a falta de recursos para garantir o cumprimento da lei. A conscientização e o diálogo com a comunidade escolar são apontados como fundamentais para o sucesso da medida, que também busca sensibilizar sobre o uso responsável da tecnologia.
Em estados como o Ceará, onde uma lei similar já existia desde 2008, a nova legislação tem levado a uma revisão das orientações nas escolas para evitar o descumprimento das regras. A medida tem gerado apoio por sua proposta de garantir mais foco aos estudantes, mas também levanta questões sobre a viabilidade de sua aplicação, como a segurança no manuseio dos celulares pelos professores. A expectativa é que a regulamentação da lei, prevista para os próximos meses, traga mais clareza sobre como ela será efetivamente executada nas escolas.